sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Oficina semanal desperta atenções sobre a relação arte-artesanato

Artesã Maria Luíza faz testes com uma caixa.
Foto: Rosemary Severo

Durante o encontro semanal do grupo de artesãs, na última terça (13), com os estudantes de Design de Produtos, a linha sensível entre arte e artesanato foi quebrada.  Naturalmente, surgiram pequenos grupos ou duplas, algumas artesãs ficaram desenhando mulheres para o símbolo da marca, outras riparam palha, umas engomando caixas de palha, outras tingindo e experimentados modos de coloração diferentes para a palha. Na ocasião, duas estudantes do curso de Administração estiveram presentes, observando e participando das ações. Tudo aconteceu simultaneamente, novas idéias foram testadas e coisas antigas recordadas.

A artesã Maria Dalvací trouxe uma forma para confecção de uma boneca de palha, muito comum há décadas atrás. Poucas são as artesãs que sabem fazer esses brinquedos. Uma forma maior foi construída, em conjunto, para uma análise mais detalhada. Após o teste para novas formas de tingimento, as mulheres fizeram caixas de palha com cores nunca usadas. Tudo isso comprova mais uma vez que o processo criativo das artesãs de palha de carnaúba jamais poderá ser rotulado - seja  como arte, não-arte, artesanato ou mera distração -, uma vez que elas sempre vão contar o mundo das maneiras mais inesperadas e inusitadas possíveis, dando sentido a ele.

Samuel Macêdo

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