terça-feira, 13 de novembro de 2012

Artesanato em palha foi tema do Percursos Urbanos

As Mulheres da Palha interagindo com o grupo
Foto: Rosemary Severo
No último sábado, 10, o projeto de extensão da UFC Percursos Urbanos, realizado em parceria com o Centro Cultural do Banco do Nordeste - CCBNB, elegeu o trabalho das Mulheres da Palha como tema. O Percursos Urbanos, mensalmente, traça roteiros de visitação histórico-culturais nas cidades de Juazeiro, Crato e Barbalha.
Desta vez, o roteiro saiu da sede do CCBNB em direção a Associação dos Artesãos de Juazeiro do Norte, cuja sede fica no Ponto de Cultura Mestre Noza, no local, os participantes conheceram diversos produtos artesanais de palha e a história do surgimento do projeto, além de informações sobre o próprio artesanato de palha na carnaúba no Horto. Na ocasião, a coordenadora geral do projeto Mulheres da Palha, professora Juliana Loss, foi a responsável por mediar o trajeto do Percursos.
Depois da visita ao Mestre Noza, o público seguiu para a colina do Horto, transportados por um ônibus do CCBNB. No trajeto, Juliana Loss, foi esclarecendo a organização do trabalho, os desafios enfrentados pelas mulheres, as conquistas e as mudanças para o grupo de artesãs. Muitas pessoas nunca tinham ouvido falar das artesãs, outros até trabalharam com o artesanato de palha, numa época em que o artesanato de maneira geral, era muito comum na cidade de Juazeiro do Norte.
Ao chegarem na Casa Azul, rua do Horto, sede do Mulheres da Palha, as pessoas puderam conhecer mais produtos, além das próprias artesãs, personagens mais importantes do dia. Na Casa, as pessoas puderam ouvir a história das mulheres, elas conduziram a atividade, demonstrando na prática a construção do artesanato. Muitas pessoas aprenderam os primeiros passos do trançar a palha, com a ajuda das artesãs.
Muitas perguntas foram lançadas às mulheres, que responderam de forma tranqüila e segura. A empresária Paula Samara considerou a visita “uma experiência maravilhosa, até porque não conhecia as mulheres da palha, eu não esperava que o trabalho fosse tão cansativo e levasse muito tempo, é uma pena as pessoas não valorizarem e banalizarem o artesanato.” As mulheres ainda destacaram importância do projeto e dos desdobramentos que estão surgindo graças a ele, como o fato de estarem dando aulas de artesanato para crianças carentes. A visita ao projeto contou com a participação de cerca de 30 pessoas. 

Samuel Macêdo

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