As Mulheres da Palha interagindo com o grupo Foto: Rosemary Severo |
No
último sábado, 10, o projeto de extensão da UFC Percursos Urbanos,
realizado em parceria com o Centro Cultural do Banco do Nordeste -
CCBNB, elegeu o trabalho das Mulheres da Palha como tema. O Percursos
Urbanos, mensalmente, traça roteiros de visitação histórico-culturais
nas cidades de Juazeiro, Crato e Barbalha.
Desta
vez, o roteiro saiu da sede do CCBNB em direção a Associação dos
Artesãos de Juazeiro do Norte, cuja sede fica no Ponto de Cultura Mestre
Noza, no local, os participantes conheceram diversos produtos
artesanais de palha e a história do surgimento do projeto, além de
informações sobre o próprio artesanato de palha na carnaúba no Horto. Na
ocasião, a coordenadora geral do projeto Mulheres da Palha, professora
Juliana Loss, foi a responsável por mediar o trajeto do Percursos.
Depois
da visita ao Mestre Noza, o público seguiu para a colina do Horto,
transportados por um ônibus do CCBNB. No trajeto, Juliana Loss, foi
esclarecendo a organização do trabalho, os desafios enfrentados pelas
mulheres, as conquistas e as mudanças para o grupo de artesãs. Muitas
pessoas nunca tinham ouvido falar das artesãs, outros até trabalharam
com o artesanato de palha, numa época em que o artesanato de maneira
geral, era muito comum na cidade de Juazeiro do Norte.
Ao
chegarem na Casa Azul, rua do Horto, sede do Mulheres da Palha, as
pessoas puderam conhecer mais produtos, além das próprias artesãs,
personagens mais importantes do dia. Na Casa, as pessoas puderam ouvir a
história das mulheres, elas conduziram a atividade, demonstrando na
prática a construção do artesanato. Muitas pessoas aprenderam os
primeiros passos do trançar a palha, com a ajuda das artesãs.
Muitas
perguntas foram lançadas às mulheres, que responderam de forma
tranqüila e segura. A empresária Paula Samara considerou a visita “uma
experiência maravilhosa, até porque não conhecia as mulheres da palha,
eu não esperava que o trabalho fosse tão cansativo e levasse muito
tempo, é uma pena as pessoas não valorizarem e banalizarem o
artesanato.” As mulheres ainda destacaram importância do projeto e dos
desdobramentos que estão surgindo graças a ele, como o fato de estarem
dando aulas de artesanato para crianças carentes. A visita ao projeto
contou com a participação de cerca de 30 pessoas.
Samuel Macêdo
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